sábado, março 29

Estréia


Máquina de Pinball - Laboratório Conceitual de um Coletivo” - pretende, através de diversas ações, realizar um laboratório conceitual que irá dar continuidade ao trabalho de “O Coletivo”, um agrupamento de artistas que vem se delineando informalmente desde 2005.
Esse “aglomerado” reúne artistas com interesses em comum pelas temáticas da pós-modernidade e tem como proposta a discussão de uma nova possibilidade de união de artistas, diferente da que já se experimenta na prática, na maioria dos grupos.
Uma reunião de artistas-criadores, que gostam de trabalhar juntos, mas que não querem se obrigar a cumprir uma estrutura formal de agrupamento.
Artistas que querem desenvolver diferentes papéis, funções e perfis em diferentes criações, descobrindo novas possibilidades de atuação.
O espetáculo tem direção de Gil Esper e adaptação de Marina Viana e estréia 15 de maio de 08, no Teatro Francisco Nunes - BH - MG.
Os ensaios estão a todo vapor e logo logo teremos fotos para compartilhar.


See U guys!

quarta-feira, março 19

Héctor Germán Santarriaga - fonte: interarte online

Geração Medusa

O prolema é: Como?


"Tinha litros e litros de contas a pagar, mas preferia ignorá-las. Cartão de crédito não é dinheiro, mas não entra na minha cabeça que um dia preciso pagar o que gastei. Simplesmente evito em pensar nisso."


Nos anos oitenta. A geração pós-hippie eram os yuppies. Pelo menos lá na América onde o ex-ator hollywoodiano era presidente da nação. Os yuppies eram jovenzinhos bem sucedidos que antes dos trinta já tinham conquistado seu milhão. Lembra do Psicopata Americano? Cristian Bale? Melhor, melhor, o próprio personagem de Edward Norton antes desenvolver o seu alter-ego gostoso no Clube da luta. E que aqui funcionou da mesma forma, talvez um tempo mais tarde. Os yuppies eram caretas, jovenzinhos com seus diplomas cheirosos e novos, com apatartamento, dvd, tv de palsma cable modem, contour pilow...
A geração que um pai dos anos cinqüenta sonharia para seu filho...
Agente não é yuppie e agente não é hippie. Agente toma banho mas agente não é careta. Um milhão na nossa conta duraria um par de horas e se tornaria um milhão negativo. De certa forma agente é um hippie limpinho que vive como se tivesse um milhão no banco.
O que é mesmo a Geração X?... Volverine, Tempestade, Vampira, mutantes devedores da alma. Alternativos pero capilalistas... Mas também não somos a famigrada geração X.

Deu pra entender?
Não é pra entender
Dá pra perceber. Não, melhor nem pensar nisso.
Ta bom meu nome então é Medusa, (Geração Medusa)

Não olhem pra mim não olhem para mim!!!
Sinceramente não sei quem é Perseu!!!
Quem poderá nos defender? Capacete, sandálias aladas e escudo de cobre pra refletir a cagada. Oh! Geração Inadimplente...

terça-feira, março 18

Gumitando!



O acesso à informação. Sua quantidade e velocidade! Lindo.





quinta-feira, março 13

eu quero um pouco de potencia posso?

sábado, março 8

...


Pois é.
Minhas costas doem.
Fumo meu último cigarro, pensando em todas as burrices que fiz durante o dia.
Uma série delas.
Agora mesmo bato minha cabeça contra o teclado tentado destruí-lo.
Não consigo, é muito duro.
Na verdade tudo parece duro demais daqui de baixo.
Duro e estranho.
Por exemplo: as anfetaminas.
A briga contante do maxilar inferior, contra o superior - dura e estranha.
A olhada do sr. policial pra cima de mim por causa das anfetaminas...
Isso sem falar no meu atual namoro.
Ou seja, tudo está duro e estranho demais, e eu quero que fique tudo legal.
Mas já que agora não dá.
Resolvi escrever esse textinho aqui.
Qincas

terça-feira, março 4

para crises de diva no país dos carrapatos e bananas

http://youtube.com/watch?v=MzgilwVNbio

da série sem coca num rola

Amor meu grande amor
Só chegue na hora marcada (cantando)
A questão não é saber se eu me lembro ou não da ditadura no meu país. Dos anos e dias de torturas, dos exilados e mortos.
Não tenho não sinto não afeta não quero este papo de era do micro utopia e juventude sem propósitos. Não tenho mais tempo, não sou mais juventude, meus vinte anos se passaram, tenho urgências.
Vimos suas lutas seus propósitos sua classe sua macro-utopia de massa. Vimos seus heróis e os seus inimigos. Brigavam um com o outro alimentando o equívoco de seus pais, se esconderam atrás de conceitos como liberdade, pátria, luta de classe, opressão, mas nada faziam senão lutar contra o lobo que invade sua propriedade. Lutaram para alimentar um erro.
A questão é saber se os senhores conseguem ou não nos ajudar no entre, no que não está em mim nem no torturador, mas entre nós. É saber se os senhores conseguem ou não nos ajudar com esta época que nos compra e nos vende como nunca, que nos pasteuriza que nos seduz com suas imagens e sofás, inclusive joga com suas medalhas de guerra um jogo de azar. O pedestal da glória não existe, desçam daí.
Tudo que ofereço é meu calor meu endereço
A vida do seu filho desde o fim até o começo. (cantando)
fuck

segunda-feira, março 3

where is my mind?

Onde está nosso desejo hoje? Até que ponto ele está de acordo com o que estamos realizando neste momento? Fazemos o que queremos? Queremos o que fazemos? Nosso corpo está impregnado de um fluxo de expressão livre que projeta prazer e entusiasmo em nossas ações?
O fato é que vivemos dentro de um sistema que não estimula a poética expressiva dos nossos corpos. E vivemos isso desde a primeira escola, com seus rituais padronizados de espaço e tempo, que acabam inibindo as expressões criativas, desestimulando-as ou taxando-as como inconvenientes. Fico pensando até que ponto a escola serve para formatar o aluno dentro de uma contenção física que vai muito além da boa convivência coletiva e extrapola numa formatação muito limitada de corpo e de pensamento. Todo mundo em fila. Sentados. De preferência calados. Padronizados. Tempos iguais. Espaços iguais. Respostas certas, iguais. Hierarquia forte. Quase nenhum estímulo à dança, às sensações físicas, à alegria, ao prazer da expressão global corpo/pensamento e suas potencialidades criativas inusitadas. Tudo isso é muito bom para formar seres obedientes, que aceitam facilmente rotinas padronizadas, ótimos para linhas de montagens produtivas, o tal mercado de trabalho, seres eficientes que esqueceram do seu corpo e já não sabem/sentem mais o fluxo do desejo que é o único caminho para uma atividade realmente estimulante e realizadora da potência de cada um.
Estamos metidos dentro de um sistema em que o corpo está totalmente submetido a gestos pré-programados, ligados a modelos, obedientes e mansos. Deixamos, sem perceber, que nosso corpo se encaixe numa estrutura fixa e muito restrita, que apequena nossa expressão e nosso desejo. E cada vez mais queremos menos, nos contentamos com menos, agimos menos, ficamos menores em força e energia. Aceitamos nosso lugar na engrenagem do mercado. Desligamos nossas emoções, que não servem a horários demarcados e planos de produtividade. Aceitamos nosso desejo como algo além do possível, do reino do impossível, longínquo e inalcançável. Os limites são os limites da conta bancária, da sobrevivência, do emprego a qualquer custo. Acima de tudo, precisamos sobreviver, depois, se der tempo, vamos satisfazer o que restou da vida. Mas aí já nem lembramos mais o que realmente, visceralmente queríamos antes de tudo começar. Aceitamos e nos contentamos em sofrer cinco dias por semana para passar outros dois tentando resgatar as migalhas do desejo por entre um corpo cansado e entregue ao desânimo. Então ligamos a TV e desistimos da vida, da intensidade, do vigor, da alegria. Daí para o psiquiatra é um pulo.
Mas a vida ainda flui e atravessa nossos corpos. Temos espaços extremamente amplos em nós para a dança poética das nossas intensidades. Elas não seguem rotas pré-determinadas e não se submetem a controle de projetos. Elas querem. Elas querem muito, e estão sempre em movimento de expansão, de projeção para o exterior, para a ampliação dos limites e para a criação de novos mundos. A afirmação das potências do nosso corpo leva-nos a respostas inusitadas e nunca a respostas padrões. O impossível não está tão perto. O corpo pode em nível muito mais intenso do que nos acostumamos a crer, amansados que fomos. Temos em nós monstros, demônios, poetas, loucos, aventureiros, infinitos mundos, e todos eles merecem expressão poética, como uma dança dos afetos em dinâmica sempre mutante, nunca regulada de fora.
E ligada a esse fluxo energético sempre está a alegria, o prazer e o entusiasmo. Eles são o termômetro e o sinal de que o corpo está na rota da sua expressão mais genuína. E essa rota é única para cada corpo. Não há como relacionar parâmetros. Cada corpo cria sua própria técnica de expressão e se lança nela. Ou assumimos nossa alegria sem pudor, acendemos um brilho no olhar com nossas palavras e gestos, ou aceitamos o desânimo, a apatia, a tristeza e a depressão.
Assumir a intensidade do desejo e do corpo é assumir nosso lugar no mundo. É fazer questão de ocupar todo o espaço que nos é de direito, sem abrir mão, sem recuar para ceder espaço ao outro, porque simplesmente não é preciso, o outro também tem amplo espaço que é seu e é irrevogável. Isso implica numa carga de afirmação que envolve também a expressão da agressividade. A vida em expansão tem vetores de agressividade que quebram barreiras e abrem canais para novos fluxos. Conter a agressividade gera sedimentação de violência. Agir com firmeza, agressividade e alegria gera o crescimento generalizado do corpo e do pensamento, estimulando o mesmo nos outros corpos, em relações fortificadas. Isso é vida e é criação.
Silvana Abreu